Petrópolis registra mais de 2,4 mil casos de intoxicação em oito anos
Recentemente a Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) divulgou dados nacionais. Ao longo dos últimos 10 anos, o Brasil contabilizou mais de 45 mil atendimentos em emergências da rede pública relacionados a envenenamento que precisaram de internação.
No município o levantamento aponta que, desde 2017, o envenenamento por medicamentos representa a maior parte das notificações, com 1.125 casos no período. Em seguida, aparecem os registros relacionados ao consumo de álcool e outras drogas, que somaram 658 ocorrências. As intoxicações por pesticidas e agrotóxicos totalizaram 104 casos, enquanto os produtos químicos estiveram presentes em 101 notificações. Já os gases e vapores foram responsáveis por 26 registros. Outros casos somam 417 ocorrências.
O relatório também destaca a existência de 242 casos acidentais registrados nesse intervalo de tempo.
Além disso, 13 óbitos por intoxicação exógena foram confirmados em Petrópolis no mesmo período.
Brasil
No cenário nacional, o SUS registrou 45.511 atendimentos relacionados a intoxicações. Os casos mais frequentes estão ligados a drogas, medicamentos e substâncias biológicas não especificadas (6.407 ocorrências), seguidos por produtos químicos sem identificação (6.556) e por substâncias químicas nocivas não especificadas (5.104).
Em seguida, destacam-se as intoxicações provocadas pela exposição a analgésicos e a remédios usados para reduzir dor, febre e inflamações (2.225 casos), além de episódios envolvendo pesticidas (1.830), ingestão de álcool por causas não determinadas (1.954) e uso de anticonvulsivantes, sedativos e hipnóticos (1.941).
Segundo a Abramede, entre as 3.461 internações por intoxicação intencional ou causada por terceiros, 1.513 foram registradas na Região Sudeste.
O levantamento também revela informações sobre o perfil das vítimas, tanto em casos acidentais quanto proposital. A maioria é formada por homens, totalizando 23.796 registros.
Quanto à faixa etária, os grupos com maior incidência são os jovens adultos de 20 a 29 anos (7.313 ocorrências) e as crianças de 1 a 4 anos (7.204 ocorrências). Já os menores índices foram registrados entre bebês com menos de 1 ano e idosos: 1.612 casos entre pessoas de 70 a 79 anos e 968 ocorrências em indivíduos com 80 anos ou mais.
